quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Origem (Inception, 2010)


Um bafafá legítimo foi criado em torno de A Origem, como pôde ser verificado em blogs, tumblrs e até alguns memes pela rede, comparações com Matrix surgiram, notadamente por conta da equação "ficção científica + ação" apresentada aqui e também pelos paralelos entre consciência/mundo real. Devo dizer que estou sinceramente inclinado à gostar mais do filme de Nolan do que o já envelhecido e combalido Matrix, dos Wachowski.

Se o diretor já tinha certo street cred por conta da sua bem-resolvida abordagem da franquia Batman, é com Inception que Nolan mostra à que veio, com seus efeitos, enredo e sequências mirabolantes e possivelmente confusos, não permitindo afastar os olhos da projeção sequer um segundo.

A trama do longa baseia-se na vida de Dom Cobbs (em mais uma boa interpretação de DiCaprio), um Extrator, um profissional especializado em extrair informações do subsconciente de outros indivíduos. Falar muito mais sobre o enredo seria mancada, já que a graça toda é ver a trama se desenrolando.

O que precisa ser dito é que as coisas se complicam quando Cobb é contratado para fazer o processo contrário, o de implantar um pensamento, uma idéia, na mente do herdeiro de um império executivo. O início do filme têm seu próprio brilho, o bom-gosto no uso de efeitos impressiona e justifica os custos de produção da película, mas é nos momentos finais que o filme realmente surpreende.

Passando por momentos de pura "viagem" sci-fi, um quê de dramalhão, toques de comédia e momentos dignos de filmes de ação, incluindo aí perseguições em ruas apertadas, tiroteios na neve e algumas piadas e frases-de-efeito bem colocadas, Inception consegue prender a atenção, e mais importante, manter a tensão ao longo de seus 148 minutos.

DiCaprio, porém, não leva o filme nas costas, destaco também a boa atuação de Joseph Gordon-Levitt, como braço-direito de Cobb, surpreende e convence, inclusive compensando pela bunda-molice em filmes como 500 dias com Ela.

ps: Já no final, depois de tanto sobre sonho dentro de sonho, confusão mental, subconsciente, limbo, etc e tal, é impossível não ficar com o trecho final de Lifebooks, do Death In June, na cabeça. Parece que o David Tibet vai pular na tua frente.

it's a dream, wake up, it's a dream, it's a dream...

3 comentários:

  1. Não tinha visto teu blog ainda bicho, tá bem mais "sério" do que eu esperava! haha
    Bons os textos, me servem como incentivo pra colocar em prática o meu, que tá há quase 3 anos no forno.
    Tem o Amnésia do Nolan também, tinha gostado bastante na época. Sobre Matrix, também acho merdinha.

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  2. É que eu preciso manter certa VARIEDADE. Imagina se eu só ficar com GRACEJOS CONSTANTES EM CAPS.

    Em tempo, o próximo post contará com uns hits do maior gênero musical já inventado, ADULT-ORIENTED ROCK.

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  3. Cara esse filme pirou meu cabeçao!! Muito foda..mas teve varios momentos que fiquei com cara "que porra é essa" " to tenendu nad" " que horas que é a merenda"...

    Mas e um puta filme desses de ter na coleçao..

    Fabio Kowalski.

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